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10.12.2025 | Notícias - SAPO

O talento é o motor da nossa transformação, a inovação é a energia que a faz avançar

Ao SAPO, antecipando o Café de CEO promovido pela Associação BRP, Marcelo Nico partilha o olhar de uma organização que tem a ambição de continuar a "afirmar Portugal como polo industrial avançado", exportador e capaz de reter talento.
O talento é o motor da nossa transformação, a inovação é a energia que a faz avançar

"O que distingue as empresas que lideram não são as ferramentas que usam, mas a capacidade de transformar talento e tecnologia em inovação real." Quem o afirma com clareza é Marcelo Nico, diretor-geral da Tabaqueira, que não hesita em afirmar que o elemento mais central da evolução e do sucesso de uma organização, sobretudo uma em pleno processo de transformação, como a empresa que lidera, são as pessoas. É a mensagem que deixa a antecipar mais um Café de CEO, iniciativa do BRP de que o SAPO é parceiro e de que o gestor é o convidado já nesta sexta-feira. 

Há lá fora uma nova geração de líderes empresariais, mais próximos, mais humanos e mais envolvidos com a sociedade, e que têm vindo a afirmar-se numa liderança pelo exemplo. E para que essa sua prestação e visão toquem cada vez mais pessoas, mesmo fora das organizações cujos destinos conduzem, a Associação Business Roundtable Portugal (ABRP) assumiu o desafio de partilhar conhecimento e boas práticas, impulsionando as PME portuguesas a seguirem o caminho para se tornarem grandes e globais.

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À frente da afiliada da Philip Morris International (PMI) que é uma das maiores empresas portuguesas (basta ver que 1 em cada 100 euros de receita fiscal nacional vem da Tabaqueira) e está entre as maiores exportadoras do país, vendendo para fora mais de 90% de tudo quanto se produz na fábrica de Albarraque, Marcelo Nico influencia já os mais de 1500 trabalhadores da Tabaqueira, metade deles jovens com menos de 35 anos. E tem vindo a ajudar a implementar uma política de gestão que preza não apenas o talento jovem como a diversidade, visível quer na representatividade, com mais de 37 nacionalidades entre os trabalhadores, quer na paridade salarial entre homens e mulheres, certificada desde 2019. 

A dimensão exportadora que mantém um olhar atento a quem garante os bons resultados ajuda a explicar que a produtividade dos trabalhadores — calcanhar de Aquiles da maioria das organizações do país — seja na Tabaqueira o dobro da média nacional. Para além da fábrica, a Tabaqueira, que soma 3 mil fornecedores (90% nacionais) e toca 44 mil pessoas na cadeia de valor, tem centros de competências que prestam serviços à PMI Global, nomeadamente um IT Hub que se posiciona como o segundo maior da Philip Morris International, onde trabalham mais de 200 engenheiros de 15 nacionalidades, e um Finance Hub onde trabalham 150 pessoas de 20 nacionalidades.

Ao SAPO, antecipando o Café de CEO promovido pelo BRP, Marcelo Nico explica para onde uma organização tem de olhar para não perder o foco e continuar a liderar, mantendo feliz o seu ativo mais importante: as pessoas. 

Numa era de IA e de saltos tecnológicos diários, qual é o passo mais importante que deve dar uma empresa que quer crescer e diferenciar-se?
O passo mais importante é saber exatamente como a tecnologia pode criar valor. Para a Tabaqueira, isso significa usar a ciência e a IA para acelerar a transição para produtos sem fumo, melhorar a qualidade das decisões e tornar os processos industriais mais eficientes. A tecnologia só faz a diferença quando está ao serviço de um propósito e de uma estratégia de longo prazo. O que distingue as empresas que lideram não são as ferramentas que usam, mas a capacidade de transformar talento e tecnologia em inovação real. O talento é o motor da nossa transformação, a inovação é a energia que a faz avançar.

Com a Europa a responder a um desafio de reindustrialização, que oportunidades se abrem às empresas portuguesas que querem internacionalizar-se?
A reindustrialização na Europa abre novas oportunidades para as empresas portuguesas que aliem talento, inovação, eficiência e sustentabilidade. Para a Tabaqueira, este movimento fortalece a ambição de afirmar Portugal como um polo industrial avançado, aumentar exportações e integrar cadeias de valor europeias mais resilientes, contribuindo para o crescimento económico e para a transição para alternativas sem fumo. A retenção de talento é um pilar essencial deste caminho e exige uma cultura assente na aprendizagem contínua e no desenvolvimento permanente das equipas.

O que deve uma empresa ter em atenção quando enfrenta um desafio de transformação profunda, ao nível do próprio produto, para continuar a crescer, criar mais-valor e corresponder às expectativas dos stakeholders?
Perante uma transformação estrutural como a passagem de cigarros para produtos sem fumo, o essencial é garantir ciência sólida, total transparência e um envolvimento contínuo com os stakeholders. Só assim se constrói confiança, se responde às exigências regulatórias e se assegura que a inovação gera mais-valor para a sociedade e para o país. Esta transformação apoia-se ainda numa cadeia de valor diversificada, desde logo com mais de 3.000 fornecedores nacionais, nos quais se incluem diversas empresas tecnológicas, que reforça a resiliência do setor e amplia o impacto económico desta mudança. É também por isso que valorizamos espaços de partilha como o Café de CEO que promovem uma reflexão conjunta sobre o papel das empresas no desenvolvimento económico e social do país.

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