Eixos de Atuação

A falta de escala das empresas portuguesas e o problema da baixa produtividade do tecido empresarial nacional são temas discutidos há décadas. Para a Associação BRP, a mudança deste paradigma é um fator-chave para transformar o país e torná-lo mais próspero.

O deficit de produtividade e de escala manifesta-se em todo o tecido empresarial português. A diferença de produtividade (VAB por trabalhador em comparação com a média europeia) cresce significativamente com a redução da dimensão da empresa, por outro lado, empresas de maior dimensão oferecem salários médios até duas vezes superiores ao das pequenas empresas.

O número de empresas de grande dimensão em Portugal é residual (0,3%), o que contrasta com o peso mais significativo que estas empresas assumem noutras economias europeias. Esta escassez limita a capacidade do tecido empresarial para induzir o crescimento de que o país necessita. Sem dimensão é difícil crescer internacionalmente, ter capacidade de atrair os melhores recursos, fazer da inovação uma aposta consequente, ter capacidade negocial a montante e junto dos principais mercados, fidelizar clientes, investir, atrair capitais permanentes ou financiamento.

Precisamos de um sistema incentivador do crescimento e escala das empresas, que propicie os instrumentos de qualificação, governance, financiamento e internacionalização, necessários para permitir que as micro, pequenas e médias empresas portuguesas se tornem grandes e as grandes globais.

Pretendemos implementar iniciativas pragmáticas que dependam predominantemente de nós próprios, setor privado, e que não se restrinjam à nossa Associação, mas que catalisem outras empresas e instituições, numa colaboração para o crescimento de todas as empresas portuguesas e, logo, de Portugal

É em torno destas temáticas estruturantes - Governance, Globalização, Inovação e a Escala das Empresas Portuguesas - que se desenvolve o Grupo de Trabalho das Empresas.